segunda-feira, 30 de outubro de 2017

"El pais" promove histeria racista contra a Rússia

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Muitas pessoas na Rússia, conquanto são demasiado bondosas, abertas para estrangeiros, infelizmente são demasiado ingênuos com relação a certas questões. Assim, conquanto ouvem comentários meus desfavoráveis ao Ocidente, rapidamente tomam uma posição defensiva (em relação ao ocidente), "ele foi afetado pelo pensamento russo" dizem, ou algum outro absurdo. Sabemos que no Brasil, se uma pessoa, por exemplo, escreve um artigo falso sobre a história de um estado como por exemplo o Piauí, é completamente normal e mesmo louvável que um piauiense defenda o seu estado e mesmo tome uma posição defensiva, comentários agressivos e falsos sobre o Piauí podem levar ao cancelamento de um espetáculo teatral protagonizado por um ator global. O mesmo podemos dizer do Rio Grande do Sul, se uma pessoa ofende a história e as tradições gaúchas, provavelmente um gaúcho irá mostrar completa reprovação. O mesmo me sinto no direito de fazer quanto à história e o povo da Rússia, país que desde muito tempo faz parte não só do meu imaginário, como da minha vida pessoal, física, intelectual e do meu sistema de valores.

O jornalismo ocidental é sujo e despresível, antissoviético e por isso russófobo*. Encontro por acaso um artigo sobre "Garotas russas que estouravam os miolos dos nazistas" (título do artigo), tudo bem, então leio o artigo e "graças" a uma certa Lyuba Vinogradova (a propósito, segundo o artigo, ajudante do russófobo fervoroso Anthony Beevor), lemos sobre o suposto fato de que "mulheres no Exército Vermelho terem lutado em duas frentes, contra os fascistas e o assédio de seus camaradas, que frequentemente estavam bêbados", assim como também sobre "frequentemente serem chamadas de prostitutas ou de mulheres machos ao voltarem do front".

Curiosamente, já assisti a mais de 10 diferentes documentários e li dezenas de citações de mulheres que estiveram no front, lá não há nenhum testemunho disso.

Isto é, para os propagandistas ocidentais não basta dizer que "os soldados vermelhos estupraram alemãs", como dizer também que os "soldados vermelhos estupraram as suas próprias mulheres".  Isso nós encontramos logo no primeiro parágrafo em português claro, justo no primeiro parágrafo, para preparar psicologicamente o leitor para que ele pense que essas bravas mulheres não lutavam pela URSS, pela Pátria e por Stalin, pelos seus ideais, mas "só por si mesmas".

Assim, eles criam um título chamativo, afinal, ninguém com discernimento gosta de nazistas, assim, o "clickbait" funciona, levando o leitor a digerir uma gama de propaganda que joga lama no passado do país e do Exército que destruiu a maior força racista da história e plantou a bandeira da vitória na cidade de Berlim.

*Russófobo: de "russofobia", sentimento nacional ou irracional histérico contra tudo aquilo que vem da Rússia. A russofobia não conhece forma política, podendo se manifestar contra uma monarquia ou república russa, contra um governo socialista ou capitalista. Conquanto a Rússia é um empecilho para o "caminho para o Oriente" ocidental, o país deve ser sempre apresentado de forma negativa, somente forças cisionistas, separatistas ou de oposição podem ser retratadas de forma positiva.

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